quinta-feira, 13 de junho de 2013

O Futuro do Petróleo

      Encontrar soluções afim de atenuar a queda de produção representa um desafio, mas isso não é motivo para a inação. Ela não é a melhor opção, de acordo com "O Pico da Produção Mundial de Petróleo: Impacto, Soluções e Administração de Riscos". Esse influente estudo sobre o crise do pico do petróleo se tornou, na prática, a bíblia dos proponentes da teoria. Conhecido como Relatório Hirsch, em homenagem ao principal pesquisador envolvido, Robert Hirsch, o estudo examina três cenários: o primeiro envolve completa inação para compensar o possível pico, pelo menos antes que ele ocorra; o segundo envolve medidas de combate ao impacto iniciadas 10 anos antes da crise; e o terceiro medidas adotadas 20 anos antes da crise.



Os novos combustíveis e tecnologias:

Os combustíveis provenientes de oleoginosas, biomassa, gordura animal, cana-de-açúcar e outras fontes além de reduzir emissões, também apresentam desempenho melhor. Um exemplo é o diesel de cana, feito 100% da planta. O processo é similar ao da produção do etanol, mas para fermentar o caldo da cana é utilizada uma levedura modificada geneticamente, que, em vez de produzir álcool, gera uma gordura, transformada em diesel. Sem água e enxofre e com substâncias mais limpas, o combustível não apenas polui menos, mas queima melhor, com ganho de rendimento.
Outras alternativas, como veículos híbridos, aos poucos ganham corpo. De acordo com Gian Gomes Marques, engenheiro executivo responsável pelo pré-desenvolvimento de sistemas avançados de propulsão e combustíveis da filial brasileira da MAN, testes com tecnologias de duplo combustível, com um segundo tanque exclusivo para biodiesel puro, tiveram resultados promissores. Há também a opção pelo uso de propulsão elétrica auxiliar, aproveitando a inércia do veículo para recarregar as baterias.

Parecidos com o petróleo :

Além do petróleo convencional, disponível em campos que podem ser explorados pela simples perfuração de poços, há outros tipos que dependem de estudos, pesquisas e desenvolvimento tecnológico para serem utilizados.
Por exemplo, o petróleo extra pesado do cinturão do Orinoco, na Venezuela, as areias de alcatrão de Athabasca, no oeste do Canadá, e os reservatórios de petróleo gelado e viscoso do Declive Norte do Alasca. O óleo da argila xistosa também é um recurso potencial, embora ainda não possa ser considerado verdadeiro petróleo — é uma rocha sedimentária rica em substâncias orgânicas que ainda não “ficou no forno” o tempo suficiente para chegar ao ponto. Podemos aquecê-la num forno de verdade e acelerar o processo, mas custaria quase três vezes mais do que a exploração de poços comuns.

Uma coisa é certa: esses recursos não convencionais poderão se tornar importantes, no futuro, mas continuam cercados por incertezas econômicas e científicas. O mais certo é acreditar que eles jamais chegarão a ser aproveitados em larga escala.

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